Sistema será modelo para a implantação do
Projeto “Agrofloresta urbana: plantando comida” por todo município
Localizado na Sala Verde Carapicuíba, o
primeiro SAF – Sistema Agroflorestal, tem a finalidade de ensinar que é
possível cultivar alimentos saudáveis de forma sustentável para os agentes ambientais
mirins e demais visitantes.
O projeto
intersetorial prevê a implementação de agroflorestas em áreas degradadas e com
vulnerabilidade social. Nas agroflorestas são plantadas árvores nativas e
culturas agrícolas. Elas vão contribuir com a segurança alimentar das
populações locais por meio da produção de alimentos. Projeto foi elaborado pelo
coordenador da Sala Verde Carapicuíba, equipamento da Secretaria do Meio
Ambiente e Sustentabilidade do município.
“Fizemos o plantio
de árvores frutíferas como grumixameira, cereja do rio grande, jabuticabeira, pitangueira
jerivá e plantas arbóreas nativas que, dentre outras espécies vegetais, podem
ajudar na produção de biomassa”, detalhou o coordenador do projeto, Marcus Vinicius
Silveira.
“Além das espécies já plantadas, ainda serão
inseridas no sistema plantas como mandioca, milho e abóbora, além de outras
aromáticas, medicinais e adubos verdes, sempre de acordo com o desejo da
comunidade, que será a principal responsável pelo cuidado da área”, complementa
Vinicius.
A meta é
promover a segurança alimentar, viabilidade econômica dos produtores e a
transição para uma agricultura resiliente à mudança do clima, diversa e
geradora de serviços ambientais, e que também permita uma integração positiva
com os espaços urbanos.
O projeto de
incentivo também prevê recuperação de áreas degradadas; expansão, conservação e
manejo de cobertura florestal dos biomas brasileiros, apoio a projetos em redes
de coleta de sementes e produção de mudas nativas; e também fomento a projetos
de incentivo aos serviços ambientais associados à implantação e manejo de agroflorestas.
“Os sistemas
agroflorestais representam uma das mais promissoras vias de mitigação e
adaptação à mudança do clima do setor agrícola, na medida que integram no mesmo
arranjo produtivo as dimensões econômica, social e ambiental. Na abordagem
desses sistemas de produção, prevalece a lógica que combina práticas de
adaptação, para aumentar a resiliência da agricultura, e de mitigação, visando
reduzir as emissões de GEE’s [gases do efeito estufa]”
Para quem
não conhece os sistemas agroflorestais, vale destacar que, segundo a Embrapa,
são formas de uso ou manejo da terra mais ambientalmente corretos em que se
combinam espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos agrícolas
de forma simultânea ou em sequência temporal, e que promovem benefícios
econômicos e ecológicos. Essas características permitem a diversificação das
atividades econômicas na propriedade, aumentando a lucratividade por unidade de
área e minimizando os riscos de perdas de renda por eventos climáticos ou mesmo
por condições adversas de mercado.
De acordo
com a Embrapa, quando manejados sob os princípios agroecológicos, os SAFs
apresentam benefícios ainda maiores, pois potencializam a conservação dos
recursos naturais locais, fornecem alimento e energia, recuperam áreas
degradadas, preservam e resgatam recursos hídricos, recompõem a biodiversidade
do solo, da flora e da fauna e contribuem para que o equilíbrio ecológico do
ecossistema seja restabelecido, entre outras vantagens.
Agroflorestas
O projeto,
que promove o envolvimento das comunidades e a produção agroecológica de
alimentos, é pioneiro como iniciativa pública da região e também como proposta
de recuperação e conservação de áreas verdes degradadas de forma participativa
e produtiva. “Além de promover a arborização na cidade, o plantio de sistemas
agroflorestais, com base nos princípios da agroecologia, facilita o acesso e
amplia o consumo de alimentos saudáveis pela população, com destaque para as
frutas, tão importantes para a saúde e a segurança alimentar e nutricional”,
assinalou o coordenador do projeto, Marcus Vinicius.
O fato de as
ações serem desenvolvidas em áreas públicas e junto da comunidade, faz com que
o trabalho pela promoção do direito humano à alimentação adequada possa
alcançar quem mais precisa, especialmente famílias em situação de
vulnerabilidade social. Essas famílias têm a oportunidade de, além de consumir
alimentos saudáveis, também gerar renda com os excedentes da produção.
Como agendar atividades na Sala Verde Carapicuíba?
Pessoas, entidades ou grupos que desenvolvem
atividades para promover a sustentabilidade ou ministram oficinas, palestras e
cursos ligados ao meio ambiente podem utilizar as dependências do CES. Para
agendar a utilização do espaço, enviar a solicitação por email com as
informações sobre a atividade, para que seja verificada a disponibilidade de
dias e horários.
Endereço: avenida São Camilo, 968 - Carapicuíba
Email: ces@carapicuiba.sp.gov.br
Telefone: (11) 4164-2305
Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira das
8 às 17 horas.
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