Com direção de André D’Elia e produção executiva de Fernando Meirelles, filme alerta sobre consequências da nova lei e o que ainda pode ser feito para evitar mais prejuízos ao meio ambiente.
A O2 Play, distribuidora da O2 Filmes, disponibilizará gratuitamente o documentário “A Lei da Água – Novo Código Florestal” nas plataformas online Vimeo e em seu canal no Youtube. O longa tem direção de André D’Elia, com produção executiva de Fernando Meirelles, e retrata a polêmica sobre as mudanças na legislação que prevê a importância das florestas para a conservação dos recursos hídricos no Brasil, nas propriedades rurais e cidades brasileiras. A produção é da Cinedelia, produtora de cinema e vídeo especializada em projetos socioambientais, e a co-produção da O2 Filmes.
O longa “A Lei da Água – Novo Código Florestal” é um documentário realizado sem fins lucrativos, com financiamento coletivo e parcerias entre o Instituto Socioambiental (ISA), WWF-Brasil, Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) e Bem-Te-Vi Diversidade. O documentário atingiu um financiamento coletivo online, que permitiu a viabilização do filme “A Lei da Água” em 14 salas de cinema de todo o Brasil, além da produção de 1.500 cartilhas que foram distribuídas em debates com especialistas durante as exibições do filme. Os produtores de “A Lei da Água” destinaram a verba arrecadada em prol de exibições em escolas públicas e ONGs, foram mais de 400 exibições gratuitas, com uma estimativa de público de 20.000 espectadores.
O documentário brasileiro retrata a importância das florestas para a conservação das águas, explicando a relação do novo Código Florestal e a crise hídrica brasileira. As florestas são importantes para a preservação da água, do solo e também para a produção de alimentos que necessitam a ação de polinizadores, como o café, o milho e a soja. O diretor André D’Elia entrevistou agricultores, especialistas, cientistas e parlamentares que apoiam a Ação Direta de Inconstitucionalidade do novo Código Florestal no Supremo Tribunal Federal. Entre os entrevistados no filme, estão o senador e ex-governador Blairo Maggi (PR-MT), os deputados federais Ivan Valente (PSOl-SP) e Ricardo Trípoli (PSDB-SP), a sub-procuradora da República Sandra Cureau, o ambientalista Mário Mantovani, pesquisadores de instituições como a USP e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre outros.
A distribuição da O2 Play foi realizada de forma diferenciada e não convencional, através da concretização do financiamento. As sessões foram realizadas exclusivamente em cada cidade e quando o número era atingido o mínimo necessário para a exibição em uma sala, outra sessão para esta mesma cidade era aberta para compra. Ao fim de cada sessão, os financiadores participavam de um debate especial sobre o filme, e recebiam uma cartilha com dicas de como ajudar na campanha. “É um jeito de oferecer mais do que uma sessão de cinema, mas uma experiência completa que permita um aprofundamento a respeito da questão ambiental” afirma Igor Kupstas, Diretor da O2 Play.
A disponibilidade gratuita nos canais online permite um alcance de público ainda maior, além de trazer esclarecimentos necessários sobre o novo código para a sociedade. “Em um momento como o que estamos vivendo, de crise hídrica, o público tem solicitado cada vez mais exibições do filme, até mesmo para entender o Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional”, explica o diretor André D’Elia.
Atualmente, o Instituto Socioambiental (ISA) e as organizações Mater Natura, Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) e a Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) fazem parte das quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei 12.651/2012, que revogou o antigo Código Florestal. O ISA encaminhou ao tribunal uma manifestação conhecida como amici curiae, que é um levantamento de dados científicos recentes que demonstram a importância para a população e a economia brasileiras dos serviços socioambientais prestados pela vegetação nativa. O documentário “A Lei da Água – Novo Código Florestal” também foi anexado à petição. As entidades ambientalistas, preocupadas com os impactos negativos gerados pela nova lei, exigem urgência no julgamento das ADIs. “As ADIs do Código Florestal são as ações judiciais de maior relevância para a pauta ambiental da história, já que impactam diretamente a proteção florestal brasileira”, reforça Maurício Guetta, advogado do ISA responsável pela manifestação. “Há questões nesse processo sobre as quais o STF se pronunciará pela primeira vez, tornando este caso emblemático em termos de evolução da jurisprudência. Por isso, apresentamos agora ao STF a compilação dos estudos jurídicos e técnico-científicos sobre o tema, de modo a municiar os ministros dos elementos necessários para o julgamento”, conclui.
O documentário “A Lei da Água – Novo Código Florestal” teve sua pré-estreia no auditório do Ibirapuera, dia 31 de agosto de 2014, no encerramento da Virada Sustentável de 2014, e o lançamento mundial, aconteceu no dia 14 de maio de 2015. O documentário foi premiado no Festival Brasil de Cinema Internacional, como Melhor Filme na categoria “Nosso Planeta” e Melhor Produtor, além do prêmio de Melhor Filme pelo público da Competição Latino-Americana pela 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental.
Assista “A Lei da Água – Novo Código Florestal”
Vimeo: https://vimeo.com/123222594
Sobre André D’Elia
Paulistano, André D’Elia cursou Cinema na Fundação Armando Álvares Penteado, de São Paulo, durante o qual trabalhou em cerca de 50 filmes curtas metragens em película, 16 ou 35 mm, e mais 40 vídeos. Destes projetos André dirigiu sete filmes e trabalhou como diretor de fotografia em outros 14. Se formou dirigindo o filme “Depois da Ponte” em 2009/2010 – um curta metragem ficcional sobre um jovem violeiro do interior do Brasil em busca de liberdade.
Trabalhando na produtora Goma Filmes, na produção do filme “Vida Sobre Rodas” de 2011, um documentário sobre a história do skate no Brasil e no qual assina como assistente de câmera, fotografo adicional e assistente de direção, André foi responsável pela seleção e captura de material de pesquisa e acervo em grandes emissoras de televisão. Foi durante as pesquisas que D’Elia teve a ideia de fazer o filme “Belo Monte – Anúncio de uma Guerra”, sobre a construção da hidroelétrica no rio Xingu, estado do Pará. Depois de viajar a Amazônia, percebendo que não havia informações confiáveis sobre o tema, André resolveu fazer um documentário investigativo.
Em novembro de 2011, foi lançada na internet uma campanha de financiamento coletivo para Belo Monte. Mais de 3 500 pessoas do Brasil e do mundo financiaram o processo de pós-produção do filme, juntando cerca de 140 mil reais e batendo o recorde de maior caso de financiamento coletivo em plataforma aberta do Brasil. “Belo Monte” já foi assistido por 45 mil pessoas nos cinemas e 3,7 milhões de na internet. .
Realizador de três curtas metragens lançados na internet sob forma de uma campanha de conscientização (“Direitos Indígenas”, “MOB. Nacional Indígena” e “PEC 215 – Nó na Garganta”), em 2012 D’Elia e o diretor de som Diego Depane se juntaram as artistas plásticas Carolina Meirelles e Yasmim Flores para a realização do projeto “Ngô Meitire” (“Água Valiosa” na língua macro Jê).
Sinopse
“A Lei da Água – Novo Código Florestal” esclarece as mudanças promovidas pelo novo Código Florestal e a polêmica sobre a sua elaboração e implantação. O documentário mostra como a lei impacta diretamente a floresta e, assim, a água, o ar, a fertilidade do solo, a produção de alimentos e a vida de cada cidadão. Produzida ao longo de 16 meses, a obra baseia-se em pesquisa e 37 entrevistas com ambientalistas, ruralistas, cientistas e agricultores. Retrata ainda casos concretos de degradação ambiental e técnicas agrícolas sustentáveis que podem conciliar os interesses de conservação e produção da sociedade.
Ficha Técnica:
Produção: Cinedelia
Duração: 75 min
Coprodução: O2 Filmes
Produção Executiva: André D’Elia e Fernando Meirelles.
Direção: André D’Elia
Consultor de Conteúdo: Raul Silva Telles do Valle
Montagem: Raoni Reis.
Direção de Som: Diego Depane.
Cinematografia: Federico Dueñas
Direção de Arte: Vital Pasquale
Platô: Digo Castelo Branco
Assessoria de Imprensa: Agência Lema
Trilha Sonora Original: Fábio Barros e Gabriel Nascimbeni.
Duração: 75 min
Coprodução: O2 Filmes
Produção Executiva: André D’Elia e Fernando Meirelles.
Direção: André D’Elia
Consultor de Conteúdo: Raul Silva Telles do Valle
Montagem: Raoni Reis.
Direção de Som: Diego Depane.
Cinematografia: Federico Dueñas
Direção de Arte: Vital Pasquale
Platô: Digo Castelo Branco
Assessoria de Imprensa: Agência Lema
Trilha Sonora Original: Fábio Barros e Gabriel Nascimbeni.
Colaboração de Denise Lara, in EcoDebate
Fonte: ecodebate
Nenhum comentário:
Postar um comentário